segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Morra 2012, morra... pim !

Mesmo no fim deste desgraçado ano de 2012 deixo a todos os que tiverem o trabalho de ler o que vai sendo escrito aqui no  "Conto..." um abraço fraternal e os votos de que 2013 não venha a confirmar os presságios por demais aziagos que lhe anunciam.
Eu, que até gosto do 13 (sempre gostei !), estou com medo que o ano novo venha a ser mesmo um ano de "azar" ainda maior do que o que acaba.
Temos pelo menos os dirigentes do Estado a fazerem o possível por isso.
Esforçam-se quanto podem para fazer exatamente o contrário de que deviam e para dizerem exatamente o contrário daquilo que pensam.
É que até a mentir são incompetentes.
Como toda a gente já lhes conhece o discurso, basta anunciarem seja o que for para que todos saibamos o que vai acontecer.
Será rigorosamente o oposto !
Do mal o menos, pelo menos temos essa conclusão óbvia a tirar.

                                  
Os políticos e a verdade exposta no 5 de Outubro
 
O engraçado neste final de ano é o esforço de alguns comentadores para desmentirem a incompetência, a arrogância e falsidade dos políticos, vindo com a estória de que há bons e maus em todas as atividades.
É quase verdade.
Agora façam-me o favor de anunciar 3 (três) políticos, ativos, em funções de Estado, que não pertençam àquele grupo.
Bom, vá lá, ao menos 1 (um).
Conseguiram ? Ponham lá então.
Podem pôr no comentário. Fica já o meu obrigado.

Até 2013 e como diria Solnado se estivesse entre nós, "Façam o favor de ser felizes" !

JPaivaSetúbal

domingo, 30 de dezembro de 2012

Aproveitando uma boleia: Estou farto disto tudo !.........

Aproveitando uma boleia...
Do meu Amigo "Djibla" (Daniel Mascarenhas), Cabo Verdiano e Português, recebi um desabafo enviado de S.Vicente, da sua linda Mindelo e da sua ainda mais linda Baía das Gatas.
                        
                                    
 MINDELO - S.Vicente

De lá vai mandando fotografias, notícias, comentários sobre a vida lá e aqui, que ele visita com frequência e que ama do coração (foi Campeão Nacional Português de Tenis de Mesa nos idos 60's do século passado).
Hoje mandou-me este desabafo que eu aproveito para "O Conto...":

Estou farto de ver o país sequestrado por corruptos. Farto de ver políticos a mentir. Farto de ver a Constituição ser trespassada. Farto de ver adolescentes saltitantes e acéfalos, de bandeira partidária em punho, a lamberem as botas de meia dúzia de ilusionistas. Farto de oportunistas que, após mil tropelias, acabam a dirigir os destinos do país. Farto de boys que proliferam como sanguessugas e transformam o mérito em pouco mais do que uma palavra. Farto da injustiça social e da precariedade. Farto da Justiça à Dias Loureiro. Farto dos procuradores de pacotilha. Farto de viver num regime falso, numa democracia impositiva. Farto da austeridade. Farto das negociatas à terceiro mundo. Farto das ironias, da voz irritante, dos gráficos e da falta de sensibilidade de Vítor Gaspar. Farto dos episódios inacreditáveis do 'Dr' Relvas, das mentiras de Passos Coelho e da cobardia de Paulo Portas. Farto de me sentir inseguro cada vez que ouço José Seguro. Farto de ter uma espécie de Tutankhamon como Presidente da República. Farto dos disparates do Dr. Mário Soares.

Estou farto de ver gente a sofrer sem ter culpa. Farto de ver pessoas perderem o emprego, os bens, a liberdade, a felicidade e muitas vezes a dignidade. Farto de ver tantos a partir sem perspectivas, orientados pelo desespero. Farto de silêncios.

Farto do FMI e da Troika. Farto de sentir o pânico a cada esquina. Farto de ver lojas fecharem a porta pela última vez e empresas a falir. Farto de ver rostos fechados, sufocados pela crise. Farto dos Sócrates, Linos, Varas, Campos e outros a gozarem connosco depois de terem hipotecado o futuro do país. Farto da senhora Merkle.

Estou farto de ver gente miserável impor a miséria a milhões. Farto da impunidade. Farto de ver vigaristas, gente sem escrúpulos, triunfar. Farto de banqueiros sem vergonha, co-responsáveis em tudo, a carpirem mágoas nos meios de comunicação social. Farto de ver milhares de pessoas a entregarem as suas casas ao banco. Farto de vergonhas como o BPN e as PPP. Farto de ver um país maltratar os seus filhos e abandoná-los à sua sorte. E, finalmente, estou farto de estar farto e imagino que não devo estar só.

BAÍA DAS GATAS - S.Vicente
 
O texto é do "Djibla", mas eu assino por baixo.
 
JPaivaSetúbal
 

domingo, 23 de dezembro de 2012

O Soldado Desconhecido (2)

Nesta incursão pela memória histórica aproveito para completar o post anterior, agora com o testemunho dos próprios. Na edição de 2 de Fevereiro de 1943 o Diário de Notícias conseguiu arranjar espaço na 2ª página para uma notícia sobre esta operação de salvamento com 8 linhas, na final da 2ª coluna e numa página a 7 colunas, o que é notável. Nos dias de hoje o Diário de Notícias (e é dos melhores) encheria um caderno inteiro com um dia de férias de uma "estrela" de plástico que ande aí pelas telenovelas e pelas camas com jogadores de futebol.
118 Americanos
Salvos por Navio de
Guerra Português
LISBOA, Fev. 1—Foi anunciado
hoje que o destroyer português "Lima"
tinha salvo 118 americanos, cujo
navio fora metido no fundo ao
largo dos Açores no dia 27 de Janeiro.
O "Lima" desembarcou os
marítimos americanos no porto açoreano
de Ponta Delgada.

Entretanto tenho para completar este tema 2 testemunhos.

- Tradução do telegrama enviado em 3 de Fevereiro de 1943 ao Exmo. Sr. Consul Americano em Ponta Delgada pelo Ministro dos Estados Unidos da América em Lisboa, Sr. Robert Fish (US Minister to Portugal in Lisbon):
“Em cumprimento das instruções do meu governo desejo expressar a V.Ex., e por intermédio de V.Ex. ao Exmo. Sr. Presidente do Conselho e membros do Governo Português, o profundo reconhecimento do Governo dos Estados Unidos pelo acto de heroísmo praticado pela tripulação do “destroyer” português “Lima”, salvando um grande número de sobreviventes de navios americanos afundados há alguns dias na região dos Açores.
Este acto, praticado com tanta bravura, dadas as condições bastante difíceis devido ao temporal, impressionará muito o povo americano logo que dele tomar conhecimento, e tenho a certeza que será considerado por toda a parte como um brilhante exemplo da grande tradição portuguesa, em que o génio de bom marinheiro se junta à concepção de socorrer o sofrimento e a dôr.
Muito apreciaria que o Governo Português fizesse com que aos oficiais e praças que participaram neste feito brilhante fossem reiterados os sentimentos de gratidão e admiração que o seu acto despertou no meu Governo, sentimentos que eu próprio e o pessoal desta delegação sentimos no mais elevado grau.”

Tradução de parte de um ofício que em 3 de Fevereiro de 1943 foi enviado ao Comando deste navio pelo Consul dos Estados Unidos em Ponta Delgada:
“...também desejo aproveitar esta oportunidade para outra vez lhe exprimir a profunda gratidão de todos os 118 oficiais e marinheiros dos navios “City of Flint” e “Julia Ward Howe” tão heroicamente salvos do mar depois dos seus navios terem sido afundados.
Para expressar a sua sincera gratidão transcrevo uma carta que aqueles homens escreveram e me entregaram para enviar ao Governo dos Estados Unidos:
- Nós, os abaixo assinados oficiais e tripulantes dos infortunados navios “City of Flint” e “Julia Ward Howe”, respeitosamente pedimos que o Governo dos Estados Unidos, em nosso nome, agradeça oficialmente ao Comandante, Oficiais e Guarnição do Contra-Torpedeiro “Lima”. Sabemos que eles se colocaram acima e além do cumprimento do dever procurando, salvando e acarinhando os náufragos daqueles navios. Sepultaram um dos nossos mortos com todas as honras e trataram os sobreviventes com o melhor que possuíam em comidas, vestuário e outras comodidades. Nós respeitosamente pedimos que estes bravos e galhardos marinheiros sejam oficialmente agradecidos e recomendados pela sua devoção ao código do mar, por terem prestado um inestimável serviço aos seus semelhantes, à Marinha Mercante e ao Governo dos Estados Unidos.”


O Soldado Desconhecido (1)


NRP Lima fez 67º de inclinação no Mar dos Açores em 30/01/1943
Hoje apetece-me trazer ao “Conto...” a história dos heróis portugueses.
Não há propriamente uma razão muito evidente para este apetite, mas deu-me para aqui e para dar testemunho dos valores portugueses não há datas próprias. Qualquer data é boa.

Se há Nação que despreza tudo o que tem de melhor é Portugal. Para os portuguese o que é português é... mau. Trata-se de uma estupida herança dos 50 anos de isolamento, fechados nas nossas fronteiras terrestres, tendo como caminho de saída único o mar e mesmo assim apenas para os espaços controlados, ou pseudo-controlados, por Portugal. Durante todo esse meio século ter algo fabricado no estrangeiro representou um “status”, e se viesse diretamente de lá, então, maior era o seu valor, fictício, mas valor.
Foi a época dos pedidos especiais, verdadeiras cunhas ao amigo felizardo que ia de viagem, para comprar na “free-shop” de um aeroporto qualquer algo que, não havendo cá, ganhava foros de raridade. Atente-se que a Coca-Cola não teve autorização para ser comercializada em território português europeu, o Portugal atual.

E nestes meandros do desprezo pelo que é português, entra com particular crueldade o esforço militar de milhões de portugueses que, desde 1911, lutaram em circunstâncias geralmente dramáticas pela manutenção da Pátria, aquela coisa que se aprendia na escola, valer mais do que a própria vida.
Estou a limitar esta chamada ao início do século XX porque para trás a história é outra e aí até em santos se transformam soldados cuja especialidade principal foi matar gente. E de tal modo que, segundo parece, quanto mais mataram mais santos ficaram...
Desde a 1ªGrande Guerra (1911/1914) até aos nossos dias, os dirigentes desde desgraçado país sempre mostraram vergonha dos seus heróis. Os homens que deram a vida, a saúde e muitas vezes parte do seu corpo, têm sido sistematicamente esquecidos e não poucas vezes espezinhados, pelos dirigentes civis e militares.
 
Havia começado há pouco o ano de 1943, completar-se-ão 70 anos dentro de 2 meses, e a 2ª Grande Guerra ganhava dimensão dia a dia, quando a Marinha portuguesa foi chamada a um processo de salvamento no mar dos Açores para quem não está nesta onda convém explicar que ao largo dos Açores passavam as rotas de navegação que atravessavam o Atlântico, tanto para navios mercantes como militares.
É desse acontecimento que juntei algumas notícias e informações internas da Marinha Portuguesa, além da correspondência diplomática que então foi trocada e que chegou até nós. Tratou-se de socorrer um navio americano, realmente foram 2 navios, bombardeados e afundados pela marinha alemã que tentava impedir as ligações entre os dois lados do Atlântico.
Na época Portugal até tinha Marinha, navios de guerra, marinheiros e tudo.

Um desses navios foi o Contra-torpedeiro Lima, em inglês chama-se “destroyer”, que estando estacionado em Ponta Delgada, partiu para executar a missão de salvamento.
 1ª pag. do Diário de Lisboa de 01/Fev/1943

sábado, 22 de dezembro de 2012

22 Dezembro 2012



Eis-nos chegados ao Natal de 2012, vésperas do final de mais um ano. Entraremos em 2013 dentro de 10 dias, mau grado a convicção com que uns milhões de humanos garantiram que tal não iria acontecer. O 21 de Dezembro seria a data final !
De quê foi o que faltou explicar.
Anunciou-se o “fim do mundo” sem qualquer explicação adicional. E convinha que essa explicação tivesse sido dada, porque o “fim do mundo” pode ser muita coisa. Seria o “fim do mundo” na Terra-Planeta ? Seria o fim do Universo ? Seria o fim da vida tal como a conhecemos ? e se fosse a vida, qual ? dos humanos ? toda a que existe, humana e não humana?
É claro que faltando esta explicação, faltou também a outra que se impunha a seguir, então e o que fica depois ? Muito bem, acaba o mundo, então e depois ? ou acaba o Universo, então e depois ? ou a vida, então e depois ?
Bom, de acordo com a minha lógica (estará ou não correta, simplória eu sei que é !) seja o “mundo”, seja o “universo”, acabando terão de ir para qualquer sítio ? ou não ?
E mesmo a própria vida acabando toda, o material que resta há-de ficar algures, onde ?
Bom, em 2 ou 3 minutos alinhei já aqui uma tão grande quantidade de perguntas que a minha neta mais nova, perguntadora por excelência, ficaria invejosa deste avô. É que de facto estes fenómenos de propagação mitológica, misturas de religiosidade, ciência, fé e estupidez, deixam sempre muitas questões por responder, sendo certo que tanto os arautos destes mitos como os respetivos crentes, não se mostram muito interessados em que a coisa seja muito debatida, e portanto explicada. Como diria o outro, “está caladinho ou levas no focinho”. Nada de perguntas !
Não vi muitas notícias sobre o tema nem sobre o resultado no dia 22 (hoje), mas estas manobras informativas habitualmente saldam-se por algumas centenas (milhares ?) de mortos, que desiludidos ou enganados resolvem pôr termo à vida, sabe-se lá se para justificar por conta própria, o “fim de mundo” pessoal. A verdade é que, com um seguro de vida bem feito, os que ficam podem gozar bem mais à vontade o mundo que afinal pregou a partida de... não acabar.
Este mundo é um reinadio. Gosta de enganar o pessoal !
Mas atenção, sou eu que o digo, nada de fiar. O gajo é malandreco e algum dia pode mesmo ficar mal disposto e pregar uma partida, mesmo aos que não acreditam. E aí, tarde piaste...
 JPS

domingo, 16 de dezembro de 2012

sábado, 8 de dezembro de 2012

ESPERANÇA... EM QUÊ ?



E pergunta-se, alguém pergunta a alguém,
 – Então pá, como vai a vida ?
E a resposta do costume, a resposta de sempre:
– Eh pá, assim, assim...
ou em alternativa:
– Menos mal, pá...
A vida vai assim, assim, para este “pá” e para a grande, para a enorme, maioria dos “pás” portugueses, o que quer dizer em mais vernáculo “a vida vai uma merda...” .
É o sentimento generalizado nas ruas de Lisboa por onde se anda, e nos cafés e pequenos restaurantes que resistem, ainda, é este o princípio de todas as conversas.
A verdade porem é que a vida vai “assim, assim...” apenas para alguns, porque para uma quantidade cada vez maior a vida não vai de maneira nenhuma.
Parou, parou no espaço e no tempo, ficou numa hibernação de esperança sem alicerces, mas ainda assim esperança, apenas porque essa é a última a morrer.
Já tudo morreu à volta, resiste teimosamente a esperança.
Esperança em nada, mas esperança.
Viver, entre humanos, quer dizer sociedade, quer dizer que se trocam palavras de ideias, de histórias, de coisas que aconteceram aos próprios ou a familiares e amigos, ou tão somente que foram vistas nos jornais ou na televisão.
Só que para isso é necessário que as pessoas (os “pás” que por aí andam) se encontrem !
E as pessoas (os pás que por aí andam) começam a não se encontrar.
As pessoas (os pás que por aí andam) começam a não sair à rua (começam a não andar por aí), e portanto deixam de ir aos tais pequenos cafés ou restaurantes que resistem (ainda) e começa, de facto já começou, a ouvir-se menos e menos o:
– Então, pá, como vai a vida ?
Ao individualismo crescente que se instalou entre nós há 30, 40 anos, sucede agora e isolacionismo.
As pessoas isolam-se, já não é um individualismo, é muito pior do que isso.
Porque individualismo é um esquema mental de vaidade desenvolvida por quem se auto define como superior e por mercê de uma febre qualquer que por aí passou, todos se começaram a julgar superiores aos restantes e individualizaram-se, convictos de que se bastavam a si próprios e cada um que se desenrascasse.
Agora trata-se do isolamento, isolamento que resulta da falta de meios, da falta de dinheiro ao menos para o passe dos transportes públicos.
E já nem sequer vale a pena referir a gasolina ou o gasóleo para o carro, porque esse, o carro, ou ficou parado na rua, uma rua qualquer, ou foi vendido rendendo uma miséria nas mãos de outro pobre que teve ali a sua oportunidadezinha de ter um carrito por uma semana, ou nas mãos de algum agiota, desses para quem esta época é de ouro.
E não havendo sequer o passe, a solução é ir ficando por casa, com a família que houver, se houver, também ela toda presa nas paredes que ainda resistem.
E neste isolamento se vão ficando os portugueses, cada vez mais, sem o emprego que faliu ou do qual foi despedido por necessidade, usura ou oportunismo do patrão, e portanto sem o dinheiro que dali resultava (é melhor pouco do que nenhum) sem capacidade de movimentação e o que é pior, sem vontade de movimentação.
É preciso passar a viver com a “vergonha” de não ter nem dinheiro para o passe, nem dinheiro para a bica, nem cara para olhar os outros humanos, muitos em idêntica situação, e muitos em isolamento crescente também.
Então o que é que fica aos que ainda assim resistem sem acabar com a vida ?
É a esperança... em nada, porque entretanto se perderam as perspetivas e os objetivos de vida, se alguma vez existiram, se perderam metas a atingir, mesmo para os nunca as tiveram mas julgavam ter, e perderam-se os interesses porque nem sequer se sabe “o interesse em quê ?”.
Fica a esperança de que “isto” passe, de que alguém apareça que resolva “isto”, habituados que fomos a que alguém resolva por nós os problemas que nunca reconhecemos serem os problemas de todos.
Alguém me falava há dias do “coletivo”...
O “coletivo” que pensa, o “coletivo” que diz, o “coletivo” que resolve.
Qual é o “coletivo” dos portugueses ?
Em Portugal só houve coletivo quando houve um inimigo comum.
Só fomos capazes de um coletivo verdadeiramente assumido quando houve um inimigo assumido.
Para destruir o inimigo, fosse ele qual fosse (Adamastor, espanhol, castelhano, mouro ou “turra”), real ou inventado, aí sempre apareceu o invencível coletivo português (ainda se lembram de Timor ?).
E agora é a Merkel... ela que se cuide.
Para construir nunca os portugueses tiveram um coletivo que não fosse por imposição absoluta, e afinal é disso que muitos estão à espera, de alguém que apareça, sabe-se lá de onde, e imponha pela força a reposição daquilo a que lhes ensinaram serem os “direitos adquiridos”, dos quais já ninguém tem a coragem de falar.
E é esta esperança que vai alimentando muito do imaginário do futuro dos “pás” portugueses.
Triste esperança, pobre esperança e, pior do que isso, indesejável esperança.
- Óh pá, quando mal nunca pior, pá...

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A corrupção no seu melhor ? Não, ainda há mais !


São 33 minutos do melhor em matéria de mentiras, corrupção, vigarice e roubo ao estado.
Se existe e continuam todos nas suas funções a conclusão só pode ser:
- a Justiça também está a comer.
(Cumprimentos à TVI e aos Jornalists que fizeram esta peça)

 
EU

domingo, 2 de dezembro de 2012

A mentira contínua

Este texto é um extrato de um artigo publicado hoje no Expresso "online".

Poderia servir para a textualização da mentira, ou para a confirmação de que não é possível ver o chão sem se olhar para baixo.

Ora acontece que PPC não tem os pés no chão. Nunca teve e não me parece que alguma venha a ter. E se eu estiver enganado, e alguma vez PPC assentar os pés no chão, irei ter pena da desgraça em se viu caído e que nunca desconfiou, sequer, que existia. 

"Eu ando normalmente na rua"

Já de noite, Passos Coelho deu um passeio a pé, começando junto à Câmara Municipal do Mindelo, onde se dirigiu a um grupo de cabo-verdianos, distribuiu cumprimentos e conversou com alguns deles, comentando as mudanças ocorridas na cidade do Mindelo desde a última vez que aqui tinha estado, em 1999.
"A dimensão de toda a cidade aumentou muito. Tem muito mais gente agora, aqui", observou.
Em resposta à comunicação social portuguesa, o primeiro-ministro português negou que este fosse um momento raro de contacto seu com as pessoas, que não tem em Portugal. "Eu ando normalmente na rua, e a conversar com as pessoas também".
Perante a insistência dos jornalistas, Passos Coelho insistiu que em Portugal também dá passeios na rua: "Também dou, mas não em circunstâncias oficiais".
"Tenho menos oportunidades, mas também faço", acrescentou, mostrando-se incomodado pelas luzes das câmaras de filmar, que estavam dirigidas contra os seus olhos: "Eu tenho medo é de não ver o chão".


O Bolero a PRETO e BRANCO


Quando os génios ficam à solta, nascem genialidades !
Eis uma.
Sugestão, façam "full screen" (ecran inteiro). Ainda é melhor.


EU