sábado, 28 de setembro de 2013

Os neologismos...


Na Universidade de Griffith, na Austrália, há um concurso anual sobre a definição mais apropriada para um termo contemporâneo.
Neste ano, o termo escolhido foi "politicamente correcto".
O estudante vencedor escreveu:

"Politicamente correcto é uma doutrina, sustentada por uma minoria iludida e sem lógica, que foi rapidamente promovida pelos média; ela sustenta a ideia de que é inteiramente possível pegar um pedaço de merda pelo lado limpo."

A broa dos velhos

Por Alberto Pinto Nogueira

A República vive da mendicidade. É crónico. Alexandre de Gusmão, filósofo, diplomata e conselheiro de D. João V, acentuava que, depois de D. Manuel, o país era sustentado por estrangeiros.
Era o Séc. XVIII. A monarquia reinava com sumptuosidades, luxos e luxúrias.
A rondar o Séc. XX, Antero de Quental, poeta e filósofo, acordava em que Portugal se desmoronava desde o Séc. XVII. Era pedinte do exterior.
A Corte, sempre a sacar os cofres públicos, ia metendo vales para nutrir nobrezas, caçadas, festanças e por aí fora….
Uma vez mais, entrou em bancarrota. Declarou falência em 1892.
A I República herdou uma terra falida. Incumbiu-se de se autodestruir. Com lutas fratricidas e partidárias. Em muito poucos anos, desbaratou os grandes princípios democráticos e republicanos que a inspiraram.  
O período posterior, de autoritarismo, traduziu uma razia deletéria sobre a Nação. Geriu a coisa pública por e a favor de elites com um só pensamento: o Estado sou eu. Retrocedia-se ao poder absoluto. A pobreza e miséria dissimulavam-se no Fado, Futebol e Fátima.
As liberdades públicas foram extintas. O Pensamento foi abolido. Triturado.
O Povo sofria a repressão e a guerra. O governo durou 40 anos! Com votos de vivos e de mortos.
A II República recuperou os princípios fundamentais de 1910, massacrados em 1928.
uperou muitos percalços, abusos e algumas atrocidades.
Acreditou-se em 1974, com o reforço constitucional de 1976, que se faria Justiça ao Povo.
Ingenuidade, logro e engano.
Os partidos políticos logo capturaram o Estado, as autarquias, as empresas públicas.
Nada aprenderam com a História. Ignoram-na. Desprezam-na.
Penhoraram a Nação. Com desvarios e desmandos. Obras faraónicas, estádios de futebol, auto-estradas pleonásticas, institutos públicos sobrepostos e inúteis, fundações público-privadas para gáudio de senadores, cartões de crédito de plafond ilimitado, etc. Delírio, esquizofrenia esbanjadora.
O país faliu de novo em 1983. Reincidiu em 2011.          
O governo arrasa tudo. Governa para a troika e obscuros mercados. Sustenta bancos. Outros negócios escuros. São o seu catecismo ideológico e político.
Ao seu Povo reservou a austeridade. Só impostos e rombos nas reformas.
As palavras "Povo” e “Cidadão” foram exterminadas do seu léxico.
Há direitos e contratos com bancos, swaps, parcerias. Sacrossantos.
Outros, (com trabalhadores e velhos) mais que estabelecidos há dezenas de anos, cobertos pela Constituição e pela Lei, se lhe não servem propósitos, o governo inconstitucionaliza aquela e ilegaliza esta. Leis vigentes são as que, a cada momento, acaricia. Hoje umas, amanhã outras sobre a mesma matéria. Revoga as primeiras, cozinha as segundas a seu agrado e bel- prazer.
É um fora de lei.
Renegava a Constituição da República que jurou cumprir. Em 2011, encomendou a um ex-banqueiro a sua revisão. Hoje, absolve-a mas condena os juízes que, sem senso, a não interpretam a seu jeito!!!
Os empregados da troika mandam serrar as reformas e pensões. O servo cumpre.
Mete a faca na broa dos velhos.
Hoje 10, amanhã 15, depois 20%.
Até à côdea. Velhos são velhos. Desossem-se. Já estão descarnados. Em 2014, de corte em corte (ou de facada em facada?), organizará e subsidiará, com o Orçamento do Estado, o seu funeral colectivo.
De que serviu aos velhos o governo? E seu memorando?

 Alberto Pinto Nogueira é Procurador-Geral – Adjunto  

Perdeste uma boa ocasião de estar calado...


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Programa eleitoral


Navegavam há meses e os marujos não tomavam banho nem trocavam de roupa. O que não era novidade na Marinha Mercante britânica, mas o navio fedia!
O Capitão chama o Imediato:
- Mr. Simpson, o navio fede, mande os homens trocarem de roupa!
Responde o Imediato:
- Aye, Aye, Sir. E parte para reunir os seus homens e diz:
- Sailors, o Capitão está se queixando do fedor a bordo e manda todos trocarem de roupa.
- David troque a camisa com John, John troque a sua com Peter, Peter troque a sua com Alfred, Alfred troque a sua com Jonathan ... e assim prosseguiu.
Quando todos tinham feito as devidas trocas, volta ao Capitão e diz:
- Sir, todos já trocaram de roupa.
O Capitão, visivelmente aliviado, manda prosseguir a viagem.

É ISSO QUE VAI ACONTECER EM PORTUGAL NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES.

O Golpista, na sua Golpada

No dia 1 de Setembro de 2013 alguém chamado Pedro passos Coelho que se apresenta e é aceite (o que é grave !) como 1º Ministro de Portugal, dirigiu~se para quem o ouvia no encerramento da "chamada" Universidade de Verão do PSD:

"Já alguém se lembrou de perguntar aos 900 mil desempregados de que lhes serviu até hoje a Constituição ?"

Por Ana Sá Lopes, jornal “i”, 02 /Set /2013
O primeiro-ministro comportou-se ontem [01 Set ‘13] como um golpista de Estado
Já alguém se lembrou em Portugal de perguntar aos mais de 900 mil desempregados de que lhes valeu até hoje a Assembleia da República? De que lhes valeu Assunção Esteves? E o 25 de Abril? De que lhes valeu o deputado Luís Montenegro? Ou o deputado Luís Menezes? Ou o deputado xpto? Já alguém se lembrou de lhes perguntar de que lhes valeu o governo? E de que lhes valeu Pedro, Paulo, Maria Luís Albuquerque, os outros e respectivos assessores? De que lhes valeu a existência de todos os ministros e secretários de Estado? De que lhes vale, aos 900 mil, a existência de câmaras e de presidentes de câmara? E de juntas de freguesia? E dos embaixadores e secretários de embaixada?

Já alguém se lembrou, em Portugal, de perguntar aos 900 mil de que lhes valeu a democracia? A União Europeia? As viagens dos governantes a Bruxelas? As viagens dos membros do governo às organizações não sei o quê bilaterais? E de que lhes valeu o Tribunal de Contas? As eleições livres e justas? A tropa? A Cinemateca? O Teatro Nacional? O Palácio de São Bento? Os almoços de Estado? Os almoços que não são de Estado pagos pelo erário público?

Já alguém se lembrou de perguntar aos desempregados de que lhes valeu o Presidente da República, que jurou defender a Constituição? E a Câmara Municipal de Ponta Delgada? E as autonomias regionais? E o direito de voto a partir dos 18 anos? E o direito à não discriminação em função da raça e do sexo? E a separação de poderes?

Já alguém se lembrou de perguntar aos 900 mil desempregados de que lhes valeu ter eleito um taxista como primeiro-ministro, sem ofensa para os taxistas? De que lhes valeu a existência da JSD e das universidades de Verão, um excelente centro de recrutamento para um futuro emprego no palácio de São Bento sem grandes aborrecimentos?

O primeiro-ministro comportou-se ontem como um golpista de Estado, no mais demagógico ataque feito por algum titular de órgão de soberania contra a Constituição que está obrigado a cumprir - e contra o Presidente da República, que jurou cumpri-la, que desencadeou a avaliação preventiva da lei dos despedimentos da função pública.

É preciso lembrar ao primeiro-ministro que "o Estado subordina-se à Constituição e funda-se na legalidade democrática" e que "a validade das leis e dos demais actos do Estado (...) depende da sua conformidade com a Constituição". O resto é uma fantasia de golpe de Estado típica de qualquer república das bananas.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Título para fotografia, procura-se...

Tanta falta de pessoal e o Governo de Portugal insiste em despedir funcionários públicos !
Esta imagem é bem um retrato (!!!)... do que quiserem.
Registo Predial de Alcacer do Sal em 22 de Março de 2013, às 13h 09 min.
Este serviço não tem hora de almoço... trabalha sem descanso !!!

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

A Mãe Natura abraça os seus filhos

Quem é que anda preocupado com eleições, lugares, tachos, muitos tachos e grandes, muito grandes...
E mais com toda a sorte de tropelias que o bando de salteadores instalados no poder do Estado vai fazendo, cumprindo serenamente e sem escrupulos os objetivos que lhes foram traçados quando os donos do País os puseram no governo. E são os Portugueses que os vão mantendo ! Tantas rezas e procissões para chuver, umas vezes, para parar a chuva, outras vezes, e não se ouvem nem se anunciam rezas e procissões para o Altíssimo correr com estes gajos de lá para fora.
São feitios...
Entretanto aqui Vos deixo imagens emocionantes de movimentos da Natureza, nossa Mãe, que de quando em vez, como todas as boas e Santas Mães, se incomoda com as tropelias dos seus Meninos e resolve então, dar-lhes uns açoites.
Vejam em ecran completo, tão grande quanto possível e com o som bem audível.
 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Vamos pôr isto mais... saudável ?

I
O pai e o filho estão no bar a conversar, quando no meio da conversa, o filho diz:
       - Pai, vou divorciar-me da minha mulher. Há seis meses que ela não fala comigo.
O pai fica em silêncio durante uns momentos, bebe mais um golo da cerveja e diz:
       - Vê bem o que vais fazer, mulheres assim são difíceis de arranjar...
II
Marido e mulher na sala...
        - Se for para mim, diz que eu não estou em casa.
Mulher atende e diz:
        - Ele está em casa.
Marido:
        - Possa, mas o que foi que eu acabei de te dizer, mulher...?
Mulher:

        - Era para mim !

III
 
O homem liga para a mãe e diz:
       - Ela brigou comigo de novo e estou de regresso a casa dos Pais.
A mãe responde:
       - Não querido, ela tem que pagar por isso: eu vou morar com vocês !!!

 
E pronto, "3 foi a conta que Deus fez", dizia a minha avó Miquelina !

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

O 11 de Setembro

Mais um aniversário de um terrível acontecimento passou ontem com o, praticamente, completo silêncio da comunicação social.
Fez anos, ontem, sobre a data que marca a morte de muitos milhares de seres humanos (milhões ?), muitos milhares mesmo, tantos de de tal forma que não é possível ter o número certo.
Mas foram muitos os mortos, estrupiados, enlouquecidos, torturados !
Em 11 de Setembro de 1973 os Estados Unidos da América, com Nixon no poder, perpetraram e realizaram, o assassinato de Salvador Allende e a imposição de Pinochet no Estado soberano do Chile.
E a vida da comunicação passa por isto sem qualquer sinal de amargura.
É triste que seja assim, mas é o que temos...

Allende preso no Palácio La Moneda
(Luis Vasques)

António Borges tal qual

O desaparecimento físico de António Borges traz ao primeiro plano do social, mais uma vez, a reflexão sobre o fenómeno humano (português ?) de que "todos os que morrem" foram, durante a vida, estupendas e irrepreensiveis pessoas.
Não conheci AB a não ser pela comunicação social, portanto tenho dele a ideia que o meu filtro consegue formar a partir de uma origem cuja definição pode já conter disturções. Mas é o que há !
António Borges foi, dizem alguns, economista de génio, representante honroso e honrado de Portugal na sociedade de negócios internacional.
Pode ser.
Já agora, só para comparar personalidades, Hitler foi um nacionalista de génio, representante honroso e honrado (na época, tal como AB) da Alemanha na cena política e social internacional.
Áh, e pelo menos foi eleito, o que nunca aconteceu com AB.
Para mim, com as limitações referidas e com todos os riscos que qualquer julgamento implica, foi uma personalidade cuja arrogância e desprezo pelos outros humanos se tornou abominável.
Outros humanos, diga-se, que trabalham e trabalharam para pagar os juros, taxas e demais mais valias que o sistema bancário, meio ambiente de AB, exige a todos os humanos activos e que permitiram a AB ter uma existência de, chamada, "grande nível"...
Esta definição que tenho de AB não se altera com a morte.
Sempre (quase sempre) se diz que "morreu um homem bom".
Não se pode (eu não posso) dizer isso de AB.
 

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Em 1953 (há 60 anos !) Nasser, Presidente do Egipto falava assim

Este discurso acaba de fazer 60 anos, mais do que muitas vidas, e pode servir bem, de exemplo demonstrativo de como o mundo árabe/muçulmano retrocedeu como sociedade livre.
Nasser não foi flor que se cheirasse, mas foi um muçulmano culto.
Fartou-se de conspirar com a CIA, mas tinha ideias de liberdade social para o seu Egipto.

A Filosofia é Universal e Intemporal


Ali-Bábá foi um santo...

Marinho Pinto no seu melhor ! Quem não deve não teme, e o resto é conversa.

 

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Os UHF no seu melhor lançam o "Despertador". Finalmente...



Finalmente, ao fim de 30 anos de adormecimento e de 20 anos de apodrecimento, eis que alguém reaparece com a música que acorda e reflete a verdade social.
A esperança é a última a morrer e esta canção é uma luz ao fundo de um túnel que já se temia escurecido para sempre.
Os "Deolinda" já haviam dado o mote, mas são os UHF que incorporam a ação mais séria.
Chamar-lhe-ei "Despertador" !