quinta-feira, 12 de setembro de 2013

António Borges tal qual

O desaparecimento físico de António Borges traz ao primeiro plano do social, mais uma vez, a reflexão sobre o fenómeno humano (português ?) de que "todos os que morrem" foram, durante a vida, estupendas e irrepreensiveis pessoas.
Não conheci AB a não ser pela comunicação social, portanto tenho dele a ideia que o meu filtro consegue formar a partir de uma origem cuja definição pode já conter disturções. Mas é o que há !
António Borges foi, dizem alguns, economista de génio, representante honroso e honrado de Portugal na sociedade de negócios internacional.
Pode ser.
Já agora, só para comparar personalidades, Hitler foi um nacionalista de génio, representante honroso e honrado (na época, tal como AB) da Alemanha na cena política e social internacional.
Áh, e pelo menos foi eleito, o que nunca aconteceu com AB.
Para mim, com as limitações referidas e com todos os riscos que qualquer julgamento implica, foi uma personalidade cuja arrogância e desprezo pelos outros humanos se tornou abominável.
Outros humanos, diga-se, que trabalham e trabalharam para pagar os juros, taxas e demais mais valias que o sistema bancário, meio ambiente de AB, exige a todos os humanos activos e que permitiram a AB ter uma existência de, chamada, "grande nível"...
Esta definição que tenho de AB não se altera com a morte.
Sempre (quase sempre) se diz que "morreu um homem bom".
Não se pode (eu não posso) dizer isso de AB.
 

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