quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O SANTO

Portugal é, desde a sua fundação com Afonso Henriques, palco de sucessivas intervenções divinas. Sempre que a Nação esteve em perigo, sempre que as guerras podiam desencadear desgraças nas famílias reinantes ou, depois disso, no bom andamento da República, sempre, sempre, alguma manifestação do divino ajudou a dar clarividência e inteligência aos cérebros dos governantes.
Foi assim com Afonso Henriques (Ourique, 1139), foi com o Infante D.Henrique na proteção às naus e aos navegadores, foi com D.Dinis e com sua mulher milagreira Isabel que é Santa, foi em 1640 com Nuno Ávares Pereira que é Santo (a padeira deu um jeito mas a santidade é dele), foi durante as grandes dificuldades do Estado Novo com a parceria privada-privada (PPP) entre António Salazar e Manuel Cerejeira que sempre arranjou uns milagres nos momentos de aflição para amainar a ondulação mantendo-a alegremente pobrezinha, quero dizer muito “flat”.
Nos tempos que vamos vivendo os milagres estão cada vez mais difíceis, talvez por causa da crise, mas em Portugal estas manifestações divinais mantém uma regularidade que só nos pode alegrar e fazer com que todos agradeçamos estas graças com que o Além nos beneficia, para satisfação nossa e grande alegria dos nossos Amigos Europeus (e outros) quando estes acontecimentos chegam ao seu conhecimento. Fartam-se de rir.
E desde há umas dezenas de anos (pelo menos desde os “setentas” do século passado) que o divino escolheu um médium especialmente preparado para ser o intérprete ideal destas manifestações e vontades divinais.

De seu nome Aníbal, por acaso também Cavaco Silva.
E são múltiplas as provas desta bondade.
1-      Não é por acaso que um português comum que nasce num Poço, de repente descobre que afinal nasceu numa belíssima Fonte, passados já umas dezenas de anitos sobre a ocorrência daquela maternidade;
2-      Não pode ser por acaso que um qualquer português comum que resolve fazer a rodagem a um automóvel novo, calmamente andando, percorrendo as estradas com lindas paisagens deste jardim resolve repentinamente meter direito à Figueira da Foz, sem querer, sem planear, quiçá contrariado, e regressar não só com a rodagem do carro feita, mas também chefe aplaudido de um dos maiores partidos portugueses;
3-      Não pode ser por acaso que o povo português escolheu, entre tantos políticos disponíveis para o sacrifício, logo aquele político concreto que não só nunca se engana mas, mais, raramente tem dúvidas;
4-      E naturalmente com essas características, mesmo sem ler jornais, o povo português entendeu elegê-lo acima de todos os outros por 5 vezes (cinco). Só a iluminação divina pode ter esclarecido tão esclarecidamente este povo;
5-      Não pode ser por acaso que as coitadas e habitualmente ranhosas vacas açorianas brindaram este eleito divino com sorrisos nunca antes adivinhados;
6-      Não pode ser por acaso que tenha acontecido nesta época, com este escolhido, neste Maio (dia 13), que a maldita “troika” tenha acabado por aceitar as condições violentamente impostas pelo Estado Português para  continuação da ajuda financeira a Portugal numa avaliação que, só podia mesmo ser a sétima. É nesta avaliação assim ordenada (a 7ª) que se revela a vitória final  das forças divinas do bem (Fátima) sobre as demoníacas do mal (Troika) como muito esclarecidamente revelou o Senhor Presidente;
7-      Descobre-se agora que aquele infeliz acontecimento da Bandeira Nacional de pernas para o ar foi clara e nítida influência do demo Merkeliano;
8-      Não pode ser portanto surpresa a notícia de hoje sobre o fim desta fase de avaliações (em “Negócios”-15/05/2013). Agora só depois do Verão. Desde a construção do Universo que o construtor divino descansa após o 7º esforço.

Tudo isto só pode ter explicação na inspiração divina. É assim, temos cá o Santo ! Tal como está nas bem aventuranças, “abençoados sejam os pobres de espírito porque deles será o reino dos Céus (Mateus, v.3)”.

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